top of page
  • Foto do escritorAFLOSOR

RELATÓRIO FINAL - PROJETO PLATISOR

Atualizado: 29 de set. de 2023

PLATISOR - MÉTODOS PARA A GESTÃO DO MONTADO DE SOBRO COM ATAQUES DE PLÁTIPO DA REGIÃO DO SOR.

Já se encontra disponível para consulta o Relatório Final de projeto PLATISOR - Métodos para a gestão do montado de sobro com ataques de plátipo da região do Sor.

Os montados de sobro, ecossistemas de importância vital em Portugal, enfrentam um declínio devido a fatores bióticos como pragas e doenças.

Este projeto tem como objetivo controlar pragas, incluindo o Platypus cylindrus, que afeta árvores saudáveis. Através de abordagens inovadoras de gestão florestal e métodos de combate, o projeto visa reduzir o impacto económico, conter a propagação da praga e restaurar a confiança dos proprietários florestais na preservação de sobreiros.

O Grupo Operacional visa entender a distribuição da praga, explorar opções de controlo biológico e químico e melhorar técnicas de armadilhagem existentes. Esta iniciativa busca fortalecer o setor de forma sustentável e benéfica para todos.


Assista ao Vídeo Documentário PLATISOR . Apresentação de Resultados FINAL:


Consulte aqui o RELATÓRIO FINAL do Projeto PLATISOR:

Relatório FINAL_PLATISOR_31.07.2023
.pdf
Download PDF • 3.37MB


Entidade líder do projeto: AFLOSOR - Associação dos Produtores Agroflorestais da Região de Ponte de Sor

Responsável pelo projeto: AFLOSOR (stecnicos@aflosor.pt)

Área do plano de ação: Cortiça

Parceiros:

INIAV, FLORGENESE, ALVES BENTO, SOCIEDADE AGRICOLA, LDA, SANTA CASA DA MESIRICÓRDIA DE PONTE DE SOR, SOCIEDADE AGRICOLA FELIZARDO PREZADO

Prioridade do FEADER: P4) Restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas ligados à agricultura e à silvicultura. Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:

Os montados de sobro são ecossistemas muito complexos e de delicado equilíbrio, característicos da Bacia Mediterrânica, com grande importância económica, social e ecológica em Portugal, ocupando atualmente cerca de 737 mil hectares, que corresponde a 23% da área florestal total (ICNF 2013).A partir da década de 80 verifica-se em Portugal um agravamento do seu estado sanitário em zonas geográficas e povoamentos relativamente bem delimitados, à semelhança do que acontece noutros países da bacia mediterrânica. Quanto aos factores bióticos foi verificado que o declínio da espécie está intimamente associado a padrões complexos nos quais as pragas (p. ex. Platypus cylindrus, Coroebus undatus) e as doenças (p. ex. Phytophtora spp, Biscogniauxia mediterranea, Botriosphaeria stevensii e Ophiostoma spp) são determinantes na morte dos sobreiros.O Platypus cylindrus que atacava sobretudo árvores mortas ou muito enfraquecidas, surge nas últimas décadas associado ao declínio do sobreiro em Portugal, contribuindo para a mortalidade de milhares de árvores aparentemente sãs. É também um vector de fungos patogénicos cujas associações podem ser interpretadas como fazendo parte do sistema evolutivo que permitiu o incremento populacional do insecto, ou é uma adaptação para assegurar o alimento para as larvas, ou ainda um mecanismo para colonização de hospedeiros com características diferentes.

Gradualmente têm-se vindo a notar um progressivo aumento dos ataques do plátipo, nomeadamente em árvores verdes. Os trabalhos desenvolvidos sobre esta problemática, têm focado as interações com outros agentes nocivos e com a árvore hospedeira, o ciclo biológico e dinâmica de populações, com a definição de medidas para o seu controlo. O desenvolvimento de métodos de captura baseados num melhor conhecimento dos mecanismos de seleção dos hospedeiros (voláteis dos hospedeiros e feromonas específicas), sendo a estratégia preferencial que está a ser implementada no seu controlo. Pretende-se assim que os constrangimentos causados pelos ataques do plátipo sejam minimizados com a consequente diminuição do seu impacte nos montados de sobro da região do Sor conjugando novas formas de gestão dos povoamentos com novos meios de luta e aperfeiçoamento dos existentes.


Objetivos visados:

Com esta iniciativa, direcionada para o controlo das populações do plátipo na região do Sor, cujos impactes negativos são bastante relevantes, pretende-se desenvolver estratégias operacionais que ultrapassem os constrangimentos identificados. A conjugação de novas atividades de gestão florestal e novos meios de luta, contribuirão para:

- Reduzir o impacte económico nas zonas onde a praga se encontra presente;

- Controlar a sua expansão para novas áreas;

- Retorno da confiança dos proprietários florestais para a manutenção e plantação de novas áreas de sobreiro.

Objetivos gerais do Grupo Operacional:

- Conhecer os fatores relacionados com a distribuição espacial/temporal dos ataques do platipo;

- Conhecer a bioecologia do plátipo na região;

- Procurar alternativas aos meios de controlo já existentes (biológica e química);

- Procurar aumentar a eficácia da técnica de armadilhagem atualmente comercializada.


Sumário do plano de ação:

Transpor os constrangimentos causados pelos ataques do plátipo diminuindo o seu impacte e a sua expansão nos montados de sobro da região do Sor conjugando novas formas de gestão dos povoamentos com novos meios de luta e aperfeiçoamento dos existentes.


Pontos de situação / Resultados:

Eventos realizados e respetivas apresentações / conclusões:

Seminário PLATISOR - Apresentação de resultados, Teatro Cinema de Ponte de Sor, 8 de outubro de 2021.

Reunião Anual Centro Competências do Sobreiro e Cortiça – 25/05/2018

Agri-Cimeira – 29/10/2018


Síntese do estado de execução do projeto:

Fase 2 - Conhecer os fatores relacionados com a distribuição espacial/temporal dos ataques do Plátipo.

Tarefa 2.3 - Avaliar a evolução dos ataques do plátipo. Na avaliação de 2019 verificou-se a ocorrência de novos ataques do plátipo (P. cylindrus) em 38 árvores.

Parcela 1 - 3; Parcela 2 - 3; Parcela 3 - 7; Parcela 4 - 12; Parcela 5 - 9; Parcela 6 - 4

Constatou-se também que a sanidade das árvores sofreu uma deterioração acentuada da cobertura da copa (classes de desfolha) apresentar dados, com o aumento da incidência de pragas e doenças apresentar dados.

Fase 3 - Conhecer a bioecologia do plátipo na região.

Tarefa 3.1 - Avaliar o ciclo biológico do plátipo em particular da sub-população que se mantêm ativa durante dois anos.

Tarefa 3.2 – Determinação de estratégias de sobrevivência do inseto. Os insetos capturados nas armadilhas individuais foram enviados para laboratório do INIAV para identificação, contagem e sexagem (Tarefa 3.2).

Em 2019 foram capturados 379 insetos (159 machos e 220 fêmeas mas nenhum chegou vivo ao laboratório para avaliação de longevidade (tarefa 3.2.2). Das rodelas dissecadas em laboratório, retiraram-se 150-200 larvas por mês.

Fase 4 – Procurar alternativas aos meios de controlo já existentes (biológica e química).

Tarefa 4.3 – Eficácia de métodos de gestão de madeira atacada, após corte. Após a monitorização mensal ao ensaio, todos os tratamentos efetuados mostraram boa eficácia na gestão da madeira atacada pelo plátipo:

- Tanto a rede inseticida com a aplicação da solarização apresentaram elevada eficácia ao fim de um mês após aplicação.

- O método de enterramento dos cepos mostrou-se mais difícil para se proceder à avaliação da sua eficácia, tendo para o efeito sido colocado um plástico mais fino (sem efeito de solarização) por cima do cepo enterrado com orifícios onde foram instaladas armadilhas idênticas às usadas na tarefa 3.1. Não se verificou nenhum tipo de atividade entre o cepo enterrado e o plástico, nem capturado qualquer inseto nas armadilhas, assumindo-se, portanto, que os insetos terão ficado retidos debaixo do solo.

Tarefa 4.4 - Verificação da capacidade de resistência da árvore. Na avaliação semestral após a aplicação dos indutores não foram verificadas alterações no vigor das árvores (desfolha, descoloração e ataques de plátipo). Por isso, foi decidida a repetição deste ensaio, em 2020, com as devidas adaptações metodológicas necessárias.

Fase 5 – Procurar aumentar a eficácia da técnica de armadilhagem já comercializada.

Tarefa 5.1 – Avaliação de adaptações às armadilhas. Os resultados parciais indicam que foram capturados cerca de 100 insetos por armadilha em cada avaliação quinzenal. Estes resultados parciais também parecem indicar que a armadilha preta capturou maior nº de exemplares, resultado a confirmar no final do ensaio.

Em 2020 serão testadas novas variantes às armadilhas, nomeadamente, outras cores, tipo de material construção e/ou forma da armadilha.



Conheça o projeto em: https://www.aflosor.com/platisor




160 visualizações0 comentário
bottom of page